A Europa tem de aumentar o investimento na nanotecnologia e concretizar mais parcerias entre entidades públicas e privadas para poder “competir” com os Estados Unidos, disse ontem, em Braga, a Comissária Europeia para a Sociedade de Informação e Media. «A Europa continua na liderança das nanotecnologias porque, nos últimos anos, houve mais capital para a investigação tecnonológica e aumentaram as parcerias entre o sector público e o privado», afirmou à Lusa Viviane Reding, no final da Conferência de Alto Nível sobre Nanotecnologia.
A conferência reuniu algumas dezenas de cientistas na Universidade do Minho, em Braga, cidade que foi escolhida pelos chefes de governo José Sócrates e Zapatero, em 2005, para a instalação do Instituto Ibérico Internacional de Nanotecnologia (INL), a primeira parceria entre Portugal e Espanha na nanociência, adianta a Lusa.
A conferência, realizada no âmbito da Presidência Portuguesa da União Europeia, juntou decisores políticos, cientistas e responsáveis por empresas nas áreas da nanociência e da nanotecnologia. «A nanotecnologia é a tecnologia de fabricar estruturas com moléculas e átomos. É como se os tijolos usados na nanotecnologia fossem os átomos e as moléculas», explicou Luís Magalhães, presidente da Agência para a Sociedade do Conhecimento.
O INL pretende vir a constituir-se como um laboratório de «excelência científica internacional». Luís Rivas, presidente da respectiva comissão instaladora, disse à Lusa que em 2008 vão começar as obras de construção do centro e serão iniciadas as contrataqções dos primeiros dos duzentos investigadores.
LE com Lusa