Trudeau apoia a Austrália em seu confronto contra o Facebook

Trudeau apoia a Austrália em seu confronto contra o Facebook

O primeiro-ministro Justin Trudeau apoiou seu homólogo australiano na luta contra o Facebook, que decidiu retirar a notícia de sua plataforma na semana passada.

Os dois primeiros-ministros concordaram “em continuar coordenando seu trabalho para lidar com os danos online e garantir que as receitas dos gigantes da web sejam compartilhadas de forma mais equitativa com os criadores e a mídia”, disse Trudeau em um comunicado à imprensa na terça-feira.

Como parte das negociações com o estado australiano, o Facebook decidiu proibir seus usuários australianos de compartilhar notícias na semana passada.

Essa estratégia de negociação teve como objetivo punir o governo que exigia, entre outras coisas, uma melhor distribuição das receitas dos jornais e meios de comunicação do país.

O ecossistema da mídia australiana, como todas as grandes democracias, foi muito empobrecido pelo surgimento dos GAFAMs, os gigantes americanos da web que ocuparam um lugar dominante na economia do país e em escala global.

O Facebook mudou de tom na terça-feira depois de assinar um acordo com o governo australiano, forçando a empresa a contribuir financeiramente para o conteúdo jornalístico, mas ainda deixando a empresa livre para negociar como quiser acordos especiais e escolha de mídia que podem ser aceitos na plataforma.

No Canadá, todos os olhos estão voltados para o ministro do Patrimônio, Stephen Gilbault, que deve revelar nos próximos meses sua tão esperada reforma das leis que regem o GAFAM. O Sr. Guilbeault declarou repetidamente seu apoio à iniciativa da Austrália, descrevendo a tática do Facebook como “extremamente irresponsável”.

Importantes atores dos setores cultural e de mídia do Canadá manifestaram seu apoio à iniciativa do ministro.

Guilbeault já se encontrou com líderes de outros países que também têm gigantes da web em vista, incluindo Austrália, França, Alemanha e Finlândia. Eles discutiram a possibilidade de formar uma frente única para consolidar sua posição nas negociações.

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