O Facebook oferece a opção de criptografar chamadas no Messenger

(San Francisco) O Facebook anunciou na sexta-feira que adicionou uma opção para criptografar chamadas de áudio e vídeo no Messenger, em meio a debates sobre os limites entre o direito à confidencialidade e os imperativos de segurança pública, ligados especificamente ao abuso sexual infantil.


Os usuários do sistema de mensagens do gigante da mídia social agora poderão escolher criptografia ponta a ponta – dispositivo a dispositivo – para suas conversas telefônicas. “Isso significa que ninguém, nem mesmo o Facebook, pode ver o que está sendo enviado, dito ou ouvido”, disse o grupo da Califórnia em um comunicado.

Já era o caso do WhatsApp, a plataforma de mensagens adquirida pelo Facebook, além de outros aplicativos populares como Zoom, Signal ou FaceTime da Apple.

Mas muitos governos rejeitam essa camada extra de segurança, em nome do combate ao abuso sexual infantil ou ao terrorismo. Eles gostariam que as plataformas incorporassem “backdoors” em suas plataformas, para que o sistema de justiça de seu país pudesse recuperar mensagens e fotos essenciais para investigações criminais.

A Apple acaba de fazer concessões nesse sentido, para surpresa geral do setor de tecnologia, porque o fabricante do iPhone construiu uma reputação de modelo de privacidade.

Na semana passada, o grupo revelou novas ferramentas projetadas para detectar melhor imagens sexuais que incluem crianças, em seu servidor iCloud e em iMessages para contas de crianças vinculadas a uma assinatura familiar.

Esta decisão causou alvoroço.

Greg Nogame, por exemplo, do Centro para Democracia e Tecnologia (CDT) Inc., disse em uma carta à AFP.

“Claramente houve muita confusão sobre nossas mensagens”, disse Craig Federighi, diretor de software da Apple, em uma entrevista ao Wall Street Journal publicada na sexta-feira.

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Ele enfatizou que os novos algoritmos não tornam o sistema menos seguro ou confidencial.

Ao contrário de outros serviços de computação em nuvem, ele explicou, “a Apple queria ser capaz de localizar fotos (do Centro Nacional para Crianças Desaparecidas e Exploradas) na nuvem, sem ter que olhar as fotos das pessoas.”

O Facebook regularmente tenta desafiar seu vizinho no Vale do Silício alegando sigilo, já que a rede social precisa restaurar a confiança da sociedade civil após vários escândalos de violação de dados.

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