Dar voz aos portugueses na Europa

Dar voz aos portugueses na Europa

Por ocasião das eleições legislativas de 30 de Janeiro, os imigrantes portugueses na Europa terão de escolher os seus deputados. O partido de esquerda MAS está empenhado em defender seus interesses

Em Portugal, foram convocadas eleições gerais antecipadas para o próximo dia 30 de janeiro, após a dissolução da Assembleia Nacional anunciada pelo primeiro-ministro em outubro. Assim, os portugueses terão de eleger os seus próprios deputados. Cerca de 5 milhões de portugueses residentes no estrangeiro também terão direito ao voto e terão de eleger quatro deputados por correspondência: dois na Europa e dois no resto do mundo.

Para a Europa, são apresentadas nada menos que dezenove listas. Entre eles está o Movimento Alternativo Socialista (MAS), partido trotskista liderado por José Sebastião, secretário sindical da Unia Genebra. O candidato explicou que os deputados eleitos desde 1975 pertencem aos dois partidos do poder, ou seja, o Partido Socialista e o Partido Social Democrata. Não têm margem de manobra, são prisioneiros do seu próprio partido e nunca se opõem às decisões que afetam os imigrantes portugueses, lamenta. Colocam os interesses dos seus partidos à frente dos interesses dos seus eleitores.” José Sebastião cita o exemplo da aprendizagem do português, que segundo a Constituição é gratuito, mas pago no estrangeiro.

medidas concretas

José Sebastião e os outros dois candidatos do MAS, Angela Tavares, Secretária da Confederação Unia em Brig, e Germano Oliveira, da Comissão da Maçonaria em Genebra, são próximos de sua comunidade. Eles estão bem conscientes das dificuldades e necessidades dos seus concidadãos através do seu envolvimento no mundo do trabalho e nos círculos políticos e sindicais. “O MAS tem propostas concretas e claras para melhorar as condições de vida dos portugueses na Europa, de forma simples e sem demagogia”, promete o candidato. Aqui estão algumas delas: ensinar português gratuitamente às crianças da comunidade, definir dois mandatos para representantes, aumentar o número de representantes portugueses do exterior ou criar um Ministério da Imigração. “Hoje e há vinte anos, os imigrantes não votam no parlamento português, mas isso não é inevitável. É hora de mudar isso. Portanto, é preciso ter coragem para votar no MAS.”

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