Face à decisão do Conselho de Ministros, da última quinta-feira, de aprovar a extinção do Pólo de Turismo Leiria/Fátima e, em simultâneo, a sua divisão a Direção da NERLEI – Associação Empresarial da região de Leiria não pode deixar de manifestar o seu desapontamento, depois de ter sido explicado aos governantes os motivos pelos quais tal situação não deveria acontecer.
A Proposta de Lei aprovada na passada semana em Conselho de Ministros extingue e separa aquela que ainda é a Entidade Regional de Turismo Leiria/Fátima ao integrar os concelhos de Leiria, Batalha, Marinha Grande, Pombal e Porto de Mós, na Região de Turismo do Centro, e o concelho de Ourém (Fátima) na Região de Turismo de Lisboa e Vale do Tejo, colocando assim em causa décadas de trabalho de promoção turística conjunta.
Esta decisão vai contra todas as vontades, devidamente justificadas com um passado de trabalho comum na promoção da região, manifestadas em diversas ocasiões desde que o atual Governo iniciou esta reforma. Recorde-se que a 13 de fevereiro deste ano a NERLEI organizou um Conselho Empresarial da Região de Leiria (CERL), para o qual convidou Cecília Meireles, que se fez representar pelo seu chefe de gabinete, José Pedro Amaral. Na ocasião os presentes deixaram uma mensagem clara de que esta reorganização teria de prever um modelo que passasse por:
Manter os atuais concelhos que compõem Leiria/Fátima unidos, dado que existem décadas de trabalho em comum que não deve ser ignorado, uma identidade cultural e articulações diversas ao nível de outras entidades;
Optar por uma ligação a Lisboa e não a Coimbra;
Excluir as áreas metropolitanas da união de territórios.
A 3 de agosto, na sequência da apresentação, para discussão pública, do anteprojeto de Proposta de Lei de Alteração do Regime Jurídico das Áreas Regionais de Turismo e das Entidades Regionais de Turismo, e dado que o documento mantinha a mesma linha de orientação, a NERLEI organizou uma reunião com presidentes de Câmara do distrito, as Entidades Regionais de Leiria/Fátima, Oeste e Lisboa e Vale do Tejo, deputados e alguns operadores turísticos, da qual saiu reforçada a posição já anteriormente defendida.
Nesta ocasião foi elaborado um documento, que foi subscrito por mais de 30 entidades e empresas e que foi enviado ao primeiro-ministro; Ministro da Economia e Emprego; Secretária de Estado do Turismo; direção de todos os grupos com assento parlamentar; ANRET; presidente da Comissão Parlamentar de Economia e Obras Públicas.
Após todo este trabalho de sensibilização dos governantes é com desapontamento que a NERLEI constata que o Governo teima em prejudicar, mais uma vez, o distrito de Leiria por força do recurso a uma reorganização que mais uma vez tem em conta as NUT II, que sempre prejudicou, por o dividir, o distrito de Leiria.
Fonte: NERLEI