Aumentar o imposto sobre as empresas na Irlanda pode ser como dar um «tiro no pé» de toda a União Europeia, não existindo qualquer garantia de que esse investimento permaneça em solo comunitário, defende o embaixador da Irlanda em Portugal.
Em entrevista à Agência Lusa, Declan O’Donovan lembra que o imposto aplicado aos lucros das empresas (semelhante ao IRC português) tem sido uma questão recorrente nos últimos 20 anos e que «sempre que há uma oportunidade, alguns países da União Europeia e algumas responsáveis da Comissão Europeia aumentam-no», como já aconteceu no passado.
Com a chegada da missão da Comissão Europeia, do Fundo Monetário Internacional e do Banco Central Europeu a Dublin – para as discussões que culminaram no pedido de ajuda formal da Irlanda a Bruxelas e ao FMI — a questão voltou a surgir, com muita especulação de que o aumento da taxa seria uma das cedências obrigatórias da parte do executivo. Tanto o primeiro ministro, como o ministro das Finanças apressaram-se a garantir que a taxa de IRC não era negociável.
LE com Lusa