As caixas de aforro espanholas deverão ter de pedir emprestados cerca de 10 mil milhões de euros ao fundo de emergência bancário do país vizinho, segundo o governador do Banco de Espanha, Miguel Ordoñez.
“Estes montantes, apesar de significativos, são muito baixos quando comparados com outros pagos pelos contribuintes de outros países”, salientou hoje o responsável.
Os 10 mil milhões de euros deverão ser necessários para reforçar as bases de capital das caixas de aforro espanholas, que se encontram a passar por um processo de fusão, aconselhado pelas autoridades face ao forte impacto da crise no sector financeiro em Espanha.
O fundo de resgate do sistema financeiro espanhol foi criado no ano passado com 9 mil milhões de euros de capital e 3 mil milhões de obrigações emitidas, tendo capacidade para emitir até 90 mil milhões de euros de dívida.
As caixas de aforro pagarão uma taxa mínima de 7,75% pelo acesso aos fundos, que terão de ser pagos num prazo máximo de sete anos.
Até ao momento 38 das 45 caixas de aforro espanholas estão envolvidas em processos de fusão, anunciou Miguel Ordoñez.
LE com Lusa