O presidente da AICEP afirmou que os fundos comunitários (QREN) não estão feitos à medida das empresas, têm burocracia excessiva e uma baixa utilização. Até agora só foram aplicadas 6,5% das verbas.
«O QREN (Quadro de Referência Estratégico Nacional) tem tido uma aplicação não satisfatória. O grau de percentagem de aplicação está muito aquém das possibilidades», afirmou o presidente da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), Basílio Horta, perante uma plateia de embaixadores e empresários reunidos no Auditório do Instituto de Defesa Nacional, citado pela Lusa.
Durante o discurso, Basílio Horta criticou também o conteúdo do programa. Para este responsável, o QREN devia ser «mais focalizado nas empresas», na «vida das empresas que investem, que se internacionalizam, que têm projectos».
«Deviam ser mais ‘tailor made’ (feitos à medida) do que são e têm talvez uma burocracia excessiva na sua aplicação», afirmou perante uma plateia de empresários e embaixadores reunidos no âmbito do Fórum Embaixadores.
«Mesmo assim, em termos da nossa agência temos uma aplicação na ordem dos 30%, que compara com 6,5% do total da aplicação das verbas do QREN até agora», disse, alertando: «já estamos a meio da aplicação desses dinheiros comunitários».
LE com Lusa